domingo, 18 de abril de 2010


A ROSA
(Patricia Montengro)

Essa é a estória de uma jovem romântica, sensível e que possui muito amor em seu coração para distribuir a todos aquele a quem ela quer bem. Ela é transparente e dona de uma sinceridade que muitas vezes lembra a inocência de uma criança que ainda acredita em príncipes encantados.
Pois bem, essa jovem tinha dado seu coração ao seu ‘príncipe’e por ele tinha um grande amor. Ele por sua vez gostava da jovem mas de uma maneira menos romântica e sensível. Esse ‘príncipe’ era pratico e objetivo e esquecia de olhar as coisas belas que a vida oferecia. Ele esquecia que a vida é feita de pequenas gentilezas que se transformam em grandes gestos.
Um dia essa jovem estava em um restaurante com seu ‘príncipe’ era uma noite agradável e a conversa fluía com tranqüilidade. A porta do restaurante se abriu e por ela entrou um rapaz humilde que trazia em suas mãos um cesto com lindas rosas vermelhas que ele ofertava aos cavalheiros, em troca de algum trocado, para que esses oferecessem as suas damas.
Os olhos da jovem brilharam. Pois as rosas eram lindas e ela sempre foi uma apaixonada pelas flores e seus mistérios. Quanta sutileza existe em uma rosa e seu frescor. Ela pensou: quero uma rosa dessas, mas se calou a espera de um gesto gentil de seu príncipe.

Ao chegar a mesa onde estava a jovem e seu ‘príncipe’ o rapaz parou e estendeu uma rosa que foi imediatamente recusada. Ele disse de forma ríspida: não queremos rosas! Ele então se afastou e continuou a oferecer suas rosas em outras mesas onde todos os cavalheiros as aceitavam e as ofertavam as suas damas.
Para a jovem aquilo foi uma facada em seu coração tão romântico. Como podia aquele que ela achava ser o seu príncipe sequer perguntar se ela gostaria de uma rosa? Como podia ser tão duro e sem sentimentos? Como podia ser uma pessoa tão fria?
Todas as jovens e senhoras saíram daquele restaurante sorridentes e com uma rosa nas mãos. Mas não a jovem sonhadora e romântica. Ela saiu de mãos vazias e com o coração cheio de magoas com aquele que ela pensava ser o seu ‘príncipe’.
Nesse dia a jovem teve a certeza que aquele homem diante dela não era, não foi e jamais seria o seu ‘príncipe’, o seu cavalheiro romântico.
A jovem viu que aquele homem não tinha o amor e a gentileza em seu coração. Viu que não era o seu cavalheiro. Viu que não era como ela. Mas sim, um homem muito prático e sem nenhuma afinidade ou cumplicidade com ela.

A jovem não falou nada a ele pois de nada adiantaria pois ele nunca percebeu o quanto ele feriu a jovem naquela noite. Para ele tudo estava normal como sempre.
Ao deixar a jovem em casa novamente se despediu como sempre. Mas a jovem o chamou e disse que o amor tinha acabado, que já não existia mais romance entre eles e que era melhor que a partir daquele momento cada um seguisse o seu caminho e procurasse os seus objetivos.
Ele naturalmente nada compreendeu e perguntou o que havia acontecido pois estava tudo perfeito. A jovem respondeu apenas que eles eram muito diferentes. Que não havia a cumplicidade do olhar, das palavras e dos gestos entre eles. Que ela tinha acordado de um sonho que parecia bom mas que na realidade não era. Pois a verdade é que ele nunca completou a jovem totalmente. Eles nunca foram íntimos de verdade. Faltavam os temperos de uma relação: Amizade, gentileza, intimidade, cumplicidade, afinidade e doação. Resumindo faltava o amor.
O ex- príncipe até hoje não compreendeu como a jovem pôde deixa-lo daquela forma.
A jovem ficou sentida mas ao mesmo tempo sentiu uma enorme sensação de liberdade para viver uma vida na qual ela acredita. Com valores que ela acha importantes e procura pra si.
A jovem ainda está procurando o seu cavalheiro e sabe que um dia ele vai chegar e quem sabe com uma rosa nas mãos.
A rosa transmite tanto amor que foi capaz de mostrar a jovem onde esse amor não existia. A jovem não ganhou a sua desejada rosa vermelha mas ganhou algo mais importante a liberdade e a esperança de viver momentos felizes e compartilhados com alguém que tenha os mesmos valores de vida que ela.
A jovem ainda está esperando a sua rosa...e ela vai chegar..

Rj, 18-10-02-17.00 horas


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